Maratona de Madrid

Cada maratona que fiz foi diferente.

Desta vez não tinha acabado de sair de uma lesão, treinei, embora sem exageros (o único treino longo que fiz foi de 25km) e, como sempre, não levava expectativas de tempo mas sim alguma ansiedade pelo que fui ouvindo dizer acerca da dificuldade da prova.

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Os 7kms iniciais da maratona de madrid foram sempre a subir não mataram, mas moeram e bem. Aos 16km já sentia as pernas muito pesadas e ainda faltava imenso! Desta vez o muro apareceu bem cedo, cedo demais: aos 26km as pernas acusaram o cansaço dos dois dias anteriores a passear por Madrid e começou o descalabro.

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Sei lá eu como, fui continuando, sempre com a sensação de que as pernas já não estavam a mexer (mas parece que afinal estavam). A “subidinha final” começou aos 32-33km e só parámos de subir perto dos 41km… ainda assim não foi tão má como pensava e consegui fazê-la toda sempre a correr (acho que o BES Run Sintra me ajudou nesta fase). No km final começámos a descer um pouquinho e aproveitei para acelerar, determinada a chegar o mais rapidamente possível à meta, que o calor já apertava. Estava feito, missão cumprida. Novo PBT, mais uma vez retirei 8 minutos e uns trocos ao tempo anterior, mas foi sem dúvida a maratona em que mais sofri.

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À semelhança de Sevilha, o apoio da população foi fantástico. Adorei as “patinadoras da vaselina”, assim as apelidei: ao longo de toda a prova havia patinadoras(es) de mochila de primeiros socorros às costas, um balde de vaselina numa mão e spray na outra; nunca fiz uma prova tão bem lubrificada como esta e cheguei ao fim sem qualquer assadura de fricção.  Já na meta, gostei muito dos sacos de gelo, que imediatamente apliquei nos meus joelhos (acho que o médico vai gostar desta parte) e adorei a tenda de podologia, onde fui logo tratar dos pezinhos, que desta vez só tinham uma bolha; foi um belo mimo final.
Gostei da prova, apesar de durinha. Como senão, achei-a muito movimentada ao longo de todo o percurso, sendo por vezes difícil correr como queria (só para não falar quando de repente alguém parava à minha frente), senti falta de laranjas (só havia bananas) e não vi um único balão marcador de ritmo (vai na volta o balão das 4h chegou depois de mim…).

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Recomendo a Maratona de Madrid a todos, valeu a pena ter ido, mas não é uma prova que gostasse de repetir. Para o ano será Paris. A bientôt!

Marta Andrade