Índice Glicémico dos Alimentos

Ouvimos muitas vezes falar no índice glicémico dos alimentos. E que devemos optar por alimentos com menor índice glicémico. Mas porquê? O que é afinal?

 

Definição de Índice Glicémico

O índice glicémico (IG) de um alimento define-se pela relação entre a área compreendida abaixo da curva de resposta glicémica (aumento da glucose no sangue), duas horas após a ingestão de uma uma porção de alimento teste, e a área correspondente à curva de resposta glicémica após a ingestão de um alimento de referência (pão branco ou glucose), com a mesma porção de hidrato de carbono que o alimento a ser testado. De forma simplificada, o índice glicémico de um alimento relaciona-se com a sua capacidade de fazer aumentar a glicémia (glucose/açúcar no sangue).

 

Factores que influenciam o IG

O IG de um alimento ou refeição é determinado, em primeiro lugar, pela natureza do hidrato de carbono ingerido, no entanto, este sobre também influência de outros fatores dietéticos que condicionam a digestibilidade dos nutrientes e a secreção de insulina.

De uma forma geral, alimentos mais refinados apresentam um índice glicémico mais elevado do que alimentos menos refinados e mais pobres em amido como os vegetais, as frutas e as leguminosas.

A presença de gordura e/ou proteína na refeição diminui o impacto glicémico comparativamente com a ingestão isolada desse alimento. Contudo, não altera a relação hierárquica dos alimentos quanto ao seu IG. Quero com isto dizer que, mesmo que determinado alimento, quando combinado com uma fonte de gordura e/ou proteína, provoque uma menor subida da glicémia, se o seu IG for elevado, esta subida será mais significativa do que em comparação com outro alimento de IG mais baixo.

Assim sendo, temos aqui mais uma razão para colocar os alimentos refinados de parte na nossa alimentação diária. Para além de mais pobres nutricionalmente, vão dificultar a gestão do apetite e que, por exemplo, para quem quer perder peso, pode dificultar o processo. Já para não falar de que são menos saciantes.

 

Já falámos aqui das dietas detox. Muitas delas caracterizadas pela ingestão de sumos com uma variada mistura de frutas e vegetais. São alimentos ricos em vitaminas e minerais, pelo que a sua ingestão é sempre uma mais valia (mesmo que não seja para nos desintoxicar). No entanto, deve optar por consumi-los inteiros, cozinhados ou, preferencialmente, crus (quando possível), de forma a manter as suas propriedades. Quando transformados em sumo, o seu IG aumenta, pois quebra-se grande parte da sua estrutura e fibras, e uma porção considerável de frutas e vegetais pode tornar-se numa bomba de açúcar, por vezes, muito pouco saciante.

 

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